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Você sabe mesmo o que é um bullet journal? Quando falamos em Bullet Journal muitas pessoas pensam naqueles cadernos personalizados, cheios de desenhos incríveis que funcionam como uma agenda bem diferentona. Bem, elas não estão erradas, errado é pensar que o BuJo se resume a isso. Na verdade, o bullet journal é um sistema de organização. Ele é mais complexo do que simplesmente criar um calendário enfeitado e ali marcar seus compromissos. Aliás, eu sou do time de quanto mais simples melhor, sem muitos desenhos, sem enfeites, sem cores além do necessário. Já vou explicar o porquê!

O sistema de bullet journal foi criado pelo designer Ryder Carrol para atender a uma necessidade pessoal. Diagnosticado com distúrbio de déficit de atenção ele não conseguia se adaptar às agendas e planners comuns. Isso acontecia pela falta de rastreabilidade nos métodos tradicionais de organização. Aliás, o lema do autor é “rastrear o passado, organizar o presente e planejar o futuro”. Na prática, significa que o método, além de organizar a sua vida, permite que você compreenda melhor seus objetivos. No momento em que resolvi fazer meu primeiro BuJo foram necessárias uma série de análises pessoais, pois o método é totalmente flexível.

Por onde começar seu Bullet Journal?

A primeira coisa necessária para se fazer um bullet journal é… um caderno. “Ah! Existem aplicativos para isso!” Sim, mas a grande vantagem do caderno é que não tem problema se não tiver wifi e você não corre o risco de escorregar para Facebook “sem querer”. Não precisa ser um caderno dos mais caros ou enfeitados, mas que seja de boa qualidade, pois ele vai te acompanhar por um tempo. O tamanho do caderno você decide, mas pense que ele deve ser prático de carregar para qualquer lugar. Normalmente os tamanhos A5 ou A6 servem bem. A gramatura do papel é importante. Se você pretende desenhar, usar canetas para lettering ou marca-textos com mais frequência, considere uma gramatura maior de papel, no mínimo 90g/m², para evitar manchar o verso da folha. Desde já, canetas caríssimas não são imprescindíveis. Costumo escrever meu bujo com uma esferográfica comum, e também funciona.

Bullet Journal é um método de organização pessoal.
Photo by Estée Janssens on Unsplash

As Coleções

As coleções são módulos para guardar todo conteúdo que for relacionado. Em seu vídeo, o autor explica as coleções principais e como elas se relacionam. A primeira coleção óbvia é o índice. Eu o considero fundamental, mas para que ele funcione corretamente você precisará de todas as páginas do seu caderno numeradas.

O Registro Futuro é um espaço onde você escreve o que precisa ser agendado fora do mês corrente. Ele fica no início do seu bujo, logo após o índice. O Registro Mensal oferece uma visão geral do que você precisa fazer no mês que vai inciar. Você pode criar em uma página dupla, do lado esquerdo, um calendário e do lado direito, uma lista de tarefas importantes. Por fim, o Registro Diário: é nele onde as coisas vão acontecer realmente. O espaço necessário no seu registro diário vai depender de quantas tarefas você tem diariamente. Com esse espaço estabelecido você faz registros rápidos (bullets) de suas tarefas, eventos ou notas.

Além disso, se você achar interessante, também pode começar a anotar reflexões. Essas anotações de estados de espírito insights, nos dão um cenário que dificilmente temos com uma agenda comum. Por isso, não é interessante marcar os dias no caderno com antecedência. Você deve fazer isso no mesmo dia, ou no máximo, no dia anterior.

Em conjunto com as coleções, você deve escolher símbolos e marcadores que permitam dar um contexto maior aos registros rápidos. Eu uso “estrela” para coisas importantes, “>” para tarefas adiadas e “-“ para notas. Quanto menos símbolos e marcadores você escolher, melhor. A simplicidade evita que muita informação deixe seu sistema lento e complexo. Por esse motivo também não gosto de folhas muito enfeitadas, com desenhos carregados demais.

Coleções Personalizadas

As coleções personalizadas funcionam como as demais do seu bujo. Elas podem ocupar o espaço que for necessário, mas deverão estar listadas no seu índice. Alguns exemplos são as listas: de filmes e séries para assistir, livros para ler, compras do mês, enfim, qualquer coisa que possa ser organizada dessa maneira. Particularmente gosto de rastreadores de hábitos, como beber água e fazer exercícios. Isso é o que eu acho mais interessante nesse sistema. Não existe uma agenda pronta que sirva perfeitamente para todas as pessoas e a personalização do bujo é ótima por esse motivo.

Migração

Consiste em transferir conteúdo de uma parte do bujo para outra, mas não antes de filtrar o que realmente é essencial. A migração mais importante vai ocorrer no final de cada semana ou mês para o seguinte. Se uma tarefa não foi realizada, teremos um tempo para avaliar o motivo. Se ela ainda vale o esforço, podemos migrá-la para o futuro. Esse ato simples, de reescrever um compromisso, nos proporciona uma oportunidade de rever nossas prioridades evitando entrar no automático.

Por fim, organizar, escrever, migrar e traçar objetivos pode parecer muito trabalhoso, principalmente se já estamos cansados e sobrecarregados, mas, na verdade, é somente um hábito. Parar dez minutos por dia para escrever, além de trazer mais ordem para a sua vida pode ser também terapêutico. Pode ser um momento para olhar para dentro de si mesmo, ser honesto e refletir: “o que posso fazer para tornar a minha vida melhor”.


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