Sabe aquela técnica que você vai com toda a empolgação, toda feliz, acreditando que vai arrasar e o resultado vira aquele exemplo clássico de expectativa x realidade? Essa é a costura copta para mim, um verdadeiro desastre!
Para quem não conhece, a copta, ou copta etíope, é uma costura exposta onde se unem duas capas soltas aos cadernos através da costura. A união dos cadernos é feita em cadeia, formando “correntinhas” o que dá uma aparência muito agradável para a costura e uma abertura de 360 graus para o livro, desse modo, facilitando muito o uso.
Dificuldades para executar a costura copta
A copta possui algumas variações. Pode ser executada com uma até duas ou mais agulhas, também chamada de copta com agulhas pareadas. Com uma agulha, podemos trabalhar com quantos furos quisermos, até mesmo números ímpares. Por outro lado, quando trabalhamos com mais agulhas somo obrigados a usar um número de furos par. O número de agulhas será correspondente ao número de furos. Haja mãos para lidar com isso tudo. “Strike one”!
A principal diferença entre elas é o resultado das costuras na cabeça e no pé do livro. Enquanto com uma agulha, percorremos todos os furos dos cadernos e na extremidade somos obrigados a “subir” para o caderno seguinte, a “correntinha” fica com aspecto esticado. “Strike two”! Tem como disfarçar esse efeito, mas ele está lá.
O último aspecto da costura que para mim não funcionou muito bem, provavelmente por falta de prática, é o quão firme o livro fica no final. Já aprendi que quanto menos cadernos colocarmos, mais difícil será de estabilizar a costura. As correntes ficarão muito grandes e aparência não ficará tão legal. Da mesma forma, não podemos esticar demais a linha para tentar deixar tudo mais firme. Eu sei que existe um ponto de equilíbrio aí, só não achei ainda.
Finalizando, não é que eu não goste da costura copta, é que ela me deixa nervosa. O jeito é acalmar o coração e continuar tentando!